Alerta foi dado há mais de dez anos

Em setembro de 2008 um alerta de discos voadores circulou nas redes sociais revelando o que parecia ser um grupo de aeronaves de aparência bizarra, voando em formação e acompanhadas por artefatos luminosos. Rapidamente uma série de controvérsias cercou o assunto e um número considerável de cientistas e pesquisadores do fenômeno UFO veio a público se pronunciar. Uns afirmavam ser o avistamento um testemunho real, outros denunciaram se tratar de uma montagem elaborada com o auxílio de técnicas avançadas de realidade virtual. E houve até quem apresentasse provas de que um estúdio de animadores de cinema estaria por trás da ‘farsa’. 

Vídeo amador de 2008 registra aparição de um ‘UAP’ em uma ilha do Caribe

Nada ficou comprovado na época, uma vez que o vídeo original se perdeu ou foi confiscado. As cópias hoje disponíveis são arquivos posteriores, reproduzidos a partir de uma infinidade de versões – algumas delas comprovadamente produzidas a partir de programas de realidade virtual. O mais provável é que o vídeo original, e autêntico, tenha sido refeito com o intuito de substituir e encobrir a verdade.

Marinha dos EUA confirma vídeo de OVNI

Agora, a imprensa mundial divulgou três vídeos feitos pela Marinha Americana na mesma época e na mesma região em que o controvertido alerta de discos voadores foi supostamente gravado. Os vídeos foram apresentados oficialmente pelo Pentágono. O objetivo é revelar aquilo que as autoridades estão chamando de ‘UAPs’ – Unidentified Aerial Phenomena, fenômenos aéreos não identificados. A nova denominação substitui a tradicional sigla UFO, Unidentified Flying Object, utilizada há décadas para designar os Objetos Voadores Não-Identificados – OVNI. A mudança sugere que os altos escalões da segurança nacional dos EUA têm atualmente outra opinião sobre se estamos sozinhos ou não, e que as EBE, Entidades Biológicas Extraterrestres, de fato existem.

Reportagem apresentada pela CNN em 18 de set. de 2019

A marinha americana reconhece a veracidade dos vídeos e agora está oficialmente divulgando os registros. De acordo com a porta-voz do Pentágono, Sue Gough, o comunicado quer “esclarecer quaisquer equívocos do público, além de confirmar que as imagens são reais e não produto de falsificadores”.

Fenômenos aéreos

“Após análise minuciosa, o departamento determinou a liberação dos vídeos, uma vez que não revelam informações sensíveis”, disse Gough no comunicado, que esclarece: “a divulgação não interfere em nenhuma investigação sobre incursões militares” – e conclui: “São fenômenos aéreos”.

Os vídeos foram divulgados entre dezembro de 2017 e março de 2018, mas foram feitos entre 2004 e 2008, demonstrando que os fenômenos vêm ocorrendo por mais de dez anos, e com o conhecimento dos governos.

Um piloto conta o que viu

Em 2017, um dos pilotos que viu os objetos em 2004 disse à imprensa que o OVNI – hoje reclassificado como ‘fenômeno aéreo não-identificado’ – se movia de uma maneira que ele não conseguia explicar. “Quando me aproximei, o objeto acelerou rapidamente para o sul e desapareceu em menos de dois segundos”, disse David Fravor, piloto aposentado da Marinha dos EUA. “Isso foi extremamente abrupto, como uma bola de pingue-pongue, quicando em uma parede”.

O Pentágono já vinha estudando gravações da Marinha sobre encontros aéreos com objetos desconhecidos, como parte de um programa secreto criado a pedido do ex-senador Harry Reid, de Nevada. O programa foi lançado em 2007 e encerrado em 2012, segundo o Pentágono, porque havia prioridades mais altas que precisavam de financiamento. Confira aqui:

Controvérsias à parte: falso ou verdadeiro?

Publicado por vanaweb

Valério Azevedo nasceu na segunda metade do Século XX. O autor é, portanto, um baby-boomer. Cresceu assistindo televisão. Aos nove anos acompanhou, ao vivo, o homem caminhar pela primeira vez na superfície da Lua, porém sem cores. Há esse tempo, seriados de TV mostravam viajantes do espaço, do tempo e do fundo do mar combatendo monstros ameaçadores. Somente em 1973 a televisão no Brasil ganhou cores e ele passou a ver, sem assombro, negras silhuetas contra o céu azul despejarem a morte sobre a Indochina. Nessa época havia na casa dos seus avós um telefone que ele nunca usou. Anos mais tarde, em seu primeiro emprego, Valério conheceu o videoteipe. Invento extraordinário, que aprimorou a manipulação de imagens e sons, causando na narrativa audiovisual um sentimento algo instantâneo e urgente, e apaixonou-se por essa ideia. Pouco depois apareceram os primeiros computadores pessoais. Eles poderiam facilmente substituir máquinas de escrever e pilhas de papel, mas o autor os percebia apenas como brinquedos. Ele jogava xadrez com um deles e em sua esverdeada tela de fósforo encontrou inspiração para começar a escrever ficção. Com a chegada, no Brasil, do telefone celular e da rede mundial de computadores, em princípios dos anos 1990, a conexão entre as pessoas se intensificou incrivelmente. Ao mesmo tempo, a passagem de registros analógicos para digitais alterou de forma decisiva o modo de se produzir informação. Pouco depois da virada do milênio, o advento das redes sociais da internet foi o golpe de misericórdia na elaboração regulamentar de informações. Para o autor da página A Existência Virtual, “agora que os telefones fazem tudo, e até transmitem imagens e sons ao vivo, cada pessoa já pode se ocupar de espalhar sua precária e angustiada verdade, que a seguir se dissolverá como os entressonhos do alvorecer”. Então, decidiu retornar ao papel impresso, pois segundo ele, conforta-o a sensação do livro nas mãos e a ausência da barra de rolagem.

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