Foi a partir do final dos anos 1960 que a cidade de Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros, atraiu para os planaltos centrais do Brasil uma variedade incomum de correntes esotéricas. Comunidades de orientação Zen Budista, Avesta, Wiccana, Tiahuanaco, Ufológica, Gnóstica, Transumana e New Age, entre outras, que convergiram de diferentes partes do globo,  florescendo em mais de 40 grupos místicos, filosóficos ou religiosos, muitos deles ainda hoje fixados na região. 

Por estar sob o paralelo 14 – o mesmo que atravessa a lendária Machu Pichu, no Peru – ou porque se ergue sobre uma imensa placa de silício, o elemento químico do qual são feitos os cristais de rocha, ou simplesmente porque assim determinam as secretas leis do universo, a cidade é apontada por espiritualistas do mundo inteiro como uma das regiões do planeta destinadas a receber os artífices da Era de Aquário. E não é para menos, emoldurada na exuberante paisagem do cerrado de altiplano, Alto Paraíso é uma espécie de promessa do Terceiro Milênio – cristal raro incrustado no cenário propício ao despertar de uma nova consciência: ecologicamente correta, economicamente sustentável e socialmente justa.

Em Alto Paraíso é possível encontrar desde centros budistas, a templos de yoga e meditação, passando por espaços terapêuticos holísticos e escolas de ensinamento esotérico.

Ao tempo das datas místicas e sagradas, são celebrados na cidade os Festivais da Nova Era, revivendo tradições e enaltecendo valores espirituais. Dentre os mais aguardados estão: a comemoração do Ano Novo Lunar, a Páscoa, Wicca, Wesak, Asala e a grande celebração dos Mestres Ascencionados, quando são ofertadas aos visitantes sessões de intuição e presságio.

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Escolas esotéricas oferecem ao visitante ensinamento e predições. Foto: Valério Azevedo ©2018

Acesso fácil

Atualmente com cerca de 7.500 habitantes, o município conta com fácil acesso e excelente infra-estrutura turística, como hotéis, pousadas, bares e restaurantes.

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Pórtico da entrada da cidade. Foto: Valério Azevedo ©2018

Distante 230 km de Brasília, Alto Paraíso é o modelo típico da pacata cidade do interior de Goiás. Ruas tranquilas e bem arborizadas, variedade de oferta de serviços essenciais, como mercados e farmácias, e uma população amável e acolhedora.

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Ruas tranquilas e bem arborizadas caracterizam o ambiente urbano. Foto: Valério Azevedo ©2018
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A rodovia GO-239, que liga Alto Paraíso à Vila de São Jorge, é asfaltada e dispõe de ciclovia. Foto: Valério Azevedo ©2018

Oferta de atrativos naturais

Alto Paraíso dispõe de abundante oferta de atrativos naturais, onde se destacam cachoeiras, cânions, veredas e mirantes.

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Cachoeirinha dos Cristais. Foto Valério Azevedo ©2003

Para inúmeros cientistas e pesquisadores da Física Quântica, da Radiestesia e da Paranormalidade, o acúmulo de cristais de quartzo combinado aos efeitos da água corrente e da irradiação solar propiciam a percepção extra-sensorial, e a observação de fenômenos sensitivos e de antevisão.     

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Cânion das Carioquinhas, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Foto: Valério Azevedo ©2002

Uma das razões pelas quais a região é apontada pelos místicos como um dos centros energéticos do planeta, é a sua característica geológica. Os planaltos centrais do Brasil situam-se sobre as Terras Arqueanas, consideradas a mais antiga porção de terras emersas dos continentes. Além do mais, toda a região está assentada sobre a maior jazida de silício do planeta, o material do qual são feitos os cristais.    

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Buritis (Mauritia Flexuosa), vegetação característica das veredas do Centro Oeste Brasileiro. Valério Azevedo ©2018

A presença de inúmeros recantos naturais faz da região uma espécie de refúgio do realismo mágico, no qual a força da natureza se traduz numa alquimia pululante de jardins encantadores.

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Aspecto da paisagem dos cerrados de altiplano. Região da Chapada dos Veadeiros – Foto: Valério Azevedo ©2018

À noite a cidade se ilumina

À noite a cidade se ilumina e é possível desfrutar de um ambiente acolhedor, onde música e culinária de qualidade se combinam.

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Comércio local em Alto Paraíso de Goiás. Foto: Valério Azevedo ©2018

Em Alto Paraíso, restaurantes, padarias, lanchonetes e bares oferecem uma variada rede de serviços de alimentação. Os sabores vão da culinária goiana a lanches rápidos, pizzas e pratos caseiros, passando pela sofisticação de restaurantes temáticos e veganos.

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O cardápio é variado e vai desde a culinária local a pratos veganos internacionais. Foto: Valério Azevedo ©2018

A música ao vivo anima a noite da cidade. Rock, reggae, samba e ritmos regionais são a trilha sonora oferecida por artistas locais aos amantes boêmios. 

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Artistas locais enriquecem a experiência do visitante. Foto: Valério Azevedo ©2018

Arte e artesanato são atrações à parte.

A arte e o artesanato local estão fortemente relacionados às escolas esotéricas fixadas na região. Entre as peças mais procuradas estão as mandalas-de-sorte, de amor, de prosperidade e atração do triunfo, produzidas com materiais orgânicos e cristais encontrados em locais especialmente escolhidos por seus poderes telúricos.

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Artesanato feito a partir de materiais orgânicos e gemas semi-preciosas encontradas na região. Foto: Valério Azevedo ©2018
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Na entrada da cidade o artesanato em madeira saúda os visitantes. Foto: Valério Azevedo ©2018

A magia se hospeda em hotéis da região.

Magia, ensinamentos e terapêutica holística e natural se hospedam em pousadas e hotéis da região.

A região conta com mais de 200 pousadas, hotéis, albergues e guest houses, muitos deles voltados exclusivamente aos tratamentos terapêuticos. Estas instituições ocupam lugar de destaque entre as escolas de ensinamento esotérico, e oferecem toda uma variedade de terapias naturais de fortalecimento do espírito e do corpo, de desintoxicação, reeducação alimentar, de bem estar e beleza, de relaxamento, auto-conhecimento e meditação.

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As terapias naturais são uma característica das escolas esotéricas fixadas na região. Foto Valério Azevedo ©2018

Muitos dos eventos promovidos pelos centros terapêuticos de Alto Paraíso ocorrem em locais cercados de paz e natureza, como os encontrados nos hotéis-fazenda da região.

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Hotéis-fazenda abrigam eventos culturais e terapêuticos. Foto Valério Azevedo ©2018

Alto Paraíso de Goiás é um jardim preservado nos planaltos centrais do Brasil e à espera dos que buscam o caminho da iluminação espiritual.

Para encontrar maiores informações sobre como chegar, onde ficar, onde comer e o que fazer acesse o link a seguir:

https://www.guiaaltoparaiso.com.br

Publicado por vanaweb

Valério Azevedo nasceu na segunda metade do Século XX. O autor é, portanto, um baby-boomer. Cresceu assistindo televisão. Aos nove anos acompanhou, ao vivo, o homem caminhar pela primeira vez na superfície da Lua, porém sem cores. Há esse tempo, seriados de TV mostravam viajantes do espaço, do tempo e do fundo do mar combatendo monstros ameaçadores. Somente em 1973 a televisão no Brasil ganhou cores e ele passou a ver, sem assombro, negras silhuetas contra o céu azul despejarem a morte sobre a Indochina. Nessa época havia na casa dos seus avós um telefone que ele nunca usou. Anos mais tarde, em seu primeiro emprego, Valério conheceu o videoteipe. Invento extraordinário, que aprimorou a manipulação de imagens e sons, causando na narrativa audiovisual um sentimento algo instantâneo e urgente, e apaixonou-se por essa ideia. Pouco depois apareceram os primeiros computadores pessoais. Eles poderiam facilmente substituir máquinas de escrever e pilhas de papel, mas o autor os percebia apenas como brinquedos. Ele jogava xadrez com um deles e em sua esverdeada tela de fósforo encontrou inspiração para começar a escrever ficção. Com a chegada, no Brasil, do telefone celular e da rede mundial de computadores, em princípios dos anos 1990, a conexão entre as pessoas se intensificou incrivelmente. Ao mesmo tempo, a passagem de registros analógicos para digitais alterou de forma decisiva o modo de se produzir informação. Pouco depois da virada do milênio, o advento das redes sociais da internet foi o golpe de misericórdia na elaboração regulamentar de informações. Para o autor da página A Existência Virtual, “agora que os telefones fazem tudo, e até transmitem imagens e sons ao vivo, cada pessoa já pode se ocupar de espalhar sua precária e angustiada verdade, que a seguir se dissolverá como os entressonhos do alvorecer”. Então, decidiu retornar ao papel impresso, pois segundo ele, conforta-o a sensação do livro nas mãos e a ausência da barra de rolagem.

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